A organização nacional; Primeira parte – a Constituição

na dos avós, o exemplo para seus atos. A História, o espírito de classicismo, a Escolástica, força da razão de autoridade, que é ainda uma das bases de muita pretensa ciência, consolidaram este hábito: a sabedoria e prudência dos antigos era a grande lição dos atos de nossos pais. O critério humano equivocou-se, na apreciação do valor do passado: em lugar de procurar, em seus fatos e sucessos, dados e elementos para suas induções e sínteses, fez, desses próprios dados e elementos e exemplos, modelos e leis do procedimento. O homem "imitou", em lugar de estudar os fenômenos e analisar-lhes os caracteres, para generalizar as regras da vida.

Criando, por síntese, estes princípios, ele teria um guia, baseado na observação, mas superior às contingências que cercaram os fatos particulares; este método formaria o índice científico da finalidade e destinação do homem, apontando afinal para um ideal o progresso, fatalmente realizável.

Ao contrário disso, o homem caminhou de costas para o destino de sua existência e para a estrela polar de seu espírito, que é a concepção ideal do futuro, deduzida da síntese das observações do passado.

Os costumes, leis, tradições e sentimentos da aristocracia deram à tendência retrospectiva do sentimento de relação social com a terra outro fortíssimo estímulo. Baseados na nobreza de sangue, fazendo derivar das glórias passadas o critério da hierarquia, e exaltando-o na proporção da antiguidade, os fastos nobiliárquicos, influentíssimos sobre a imaginação popular, avigoraram com a