a saber como a deve tratar, — para lhe colher os frutos, sem a destruir.
Para a imaensa maioria dos habitantes de um país, as questões exteriores, os armamentos, as possibilidades de guerra, os problemas militares, são assuntos quase alheios e sempre antipáticos às cogitações da vida; e, se não houvesse jornais, trazendo de tempos a tempos notícia das agitações políticas, e não existissem letrados propensos a tais questões, porque as presumem superiores ao alcance das inteligências comuns, tais assuntos não inquietariam um minuto das horas de repouso dos homens que trabalham.
A pátria moderna tem o ambiente físico, sua imagem viva, no quadro do lugar de trabalho, na paisagem da habitação e das horas de lazer; seu ambiente social, na família, nos círculos dos amigos, dos clientes, das extensas relações econômicas e intelectuais de nossa época. A sensação de segurança e de proteção legal tranquiliza e conforta os espíritos; sobre o sentimento natal, que prende a alma da maior parte às afeições do passado, o zelo, predominante, pela sorte dos filhos, lançou um estímulo mais intenso, mais lutador, mais persistente, de interesse pela conservação e pelo progresso da terra da prole.
À pátria dos pais, dos antigos, sucedeu, para o homem contemporâneo, a pátria dos filhos. A história terá de registar, nesta inversão do sentido da palavra, um dos mais belos fenômenos de progresso, na vida dos vocábulos.
O laço moral do patriotismo, di-lo a própria etimologia, foi sempre um laço entre as gentes. Voltado o espírito para o passado, o patriotismo evocava as suas lendas, mas defendia, com as glórias