A organização nacional; Primeira parte – a Constituição

outros europeus que se estabeleceram no país, dos índios civilizados e dos que habitam as nossas selvas, são estes os elementos que devem formar o núcleo da nossa nacionalidade futura, e o objeto, desde já, de nossos cuidados, para que conservem a posição predominante a que têm direito e para que não sejam eliminados, dominados, ou submetidos, por novas camadas de população, ou por agentes da exploração colonial do país.

É o dever patriótico que incumbe aos brasileiros; e, se alguma posição lhes cabe, na obra da civilização humana, esta posição não pode ser outra senão a da luta por seus patrícios, porque esta luta corresponde, precisamente, à prática da única política imposta ao mundo, no presente: defender as raças e os povos colocados em nível de inferioridade por força de fatores do passado, de forma a permitir que, de posse de fatores cultos e racionais, manifestem, desenvolvam e aperfeiçoem suas qualidades naturais, tomando cada um a posição que lhe couber, na sociedade cosmopolita.

É grave erro de crítica social supôr-se que a situação atual das raças corresponde a uma hierarquia de suas qualidades: esta situação resulta de causas, mais ou menos remotas, contrárias às tendências que devem conduzir o desenvolvimento do homem à perfeição de sua natureza. O passado, em seu conjunto, representa a imperfeição; seus frutos não podem ser os da superioridade. As raças que dominaram o mundo, venceram por força de qualidades guerreiras; foram as raças mais fortes na luta física, raças de maior energia material e mais intensa ambição de domínio. É preciso que as outras