formar e apoiar o "homem", o "indivíduo", o socius da nação contemporânea.
Formar o homem nacional é o primeiro dever do Estado moderno. À fórmula de Herbert Spencer; "o indivíduo contra o Estado" sucedeu a fórmula do Sr. Woodrow Wilson: "o estado pelo indivíduo"; mas, a esta fórmula cumpre que suceda uma outra, ainda mais justa: "o estado pelo indivíduo, pela terra e pela sociedade, no presente e no futuro"; e a verdade, que a última consagra, é, apenas, esta: a cultura do indivíduo e da sociedade não é outra coisa senão a ampliação, na democracia, da cultura, que o Estado sempre fez, de um grupo de indivíduos. Substituída a nobreza pela igualdade legal, e extintos os privilégios, a missão de cultura e de civilização não é mais do que a organização legal do mesmo instinto que conduziu os homens fortes do passado a reunir-se e a fruir a associação por eles formada, explorando as multidões — não associadas, mas submetidas. Mais um documento da natureza evolutiva das instituições: fundado em proveito de alguns, o Estado se foi desenvolvendo e ampliando: e até hoje, por todo o planeta, ele é, ainda, em grande parte, fonte de vida e de prosperidade para uma camada, mais ou menos vasta, da sociedade: todos os que vivem do erário público, todos os que têm negócios com os poderes políticos, e, principalmente, todos os que fruem riquezas, propriedades, profissões, vantagens, resultantes das instituições, das forças e dos critérios do passado, criado pelo Estado. Em nosso país, o Estado é ainda órgão e patrono de uma minoria, entregue o povo aos azares das forças impulsivas de um passado que não