O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

severamente impedida pelo governo Português, tanto na própria colônia como na Europa. No século XVII mostraram-se os Jesuítas infatigáveis nos propósitos de conhecimento do interior do Brasil, com suas riquezas minerais, vegetais e animais e as descobertas feitas eram anualmente enviadas para o colégio da Bahia, e impressas nas crônicas da Companhia, constituindo a base mais séria e sensata para o que depois se escreveu sobre a América do Sul. Mas a Coroa proibiu que continuassem sendo divulgadas as correspondências sobre o Novo Mundo, que assim eram conservadas secretas, sepultadas no meio de outros manuscritos, sem poder vir a lume, nem ser consultadas, sob pena das mais severas sanções. Mesmo o livro de Rocha Pitta, tão pobre em informações concernentes à nossa natureza, em contraste com a riqueza da adjetivação e bombástico do estilo, teve sua leitura rigorosamente impedida, confiscados os exemplares encontrados.

Até fins do século XVIII apenas por aqui passavam de raspão alguns navegantes mais ousados ou mais infelizes, arrojados pelas tormentas, demorando-se apenas o tempo necessário para reparar as avarias ou receber provisões, vigiados dia e noite para que não transgredissem as leis que lhes impediam todo e qualquer comércio.

Depois relaxaram-se um pouco os zelos da Metrópole em favor dos filhos de Albion, que acorreram sôfregos, procurando devassar o interior em busca das zonas de mineração ou na curiosidade pelas terras inundadas de sol, a colecionar pássaros, flores, insetos ou na ânsia de aventuras.

Essa curiosidade era retribuída pela nossa gente do interior, simples e ignorante, diante desses