O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

frutos pendentes do tronco e ramos maiores. Há também alguns belos craveiros da Índia e caneleiras. Perto do centro do jardim várias soqueiras de bambu, erguendo-se a mais de cinquenta pés, dão-lhe acentuado caráter tropical".

Mas até essa data ainda não chamava a atenção a aleia de palmeiras, falando Gardner da avenida principal, plantada de casuarinas.

É em 1881 que Wells escreve: "Ao recém-chegado sempre se recomenda ir imediatamente visitar o Jardim Botânico e sua aleia de palmeiras imperiais, famosa no mundo inteiro". E faz judiciosa observação, que explica até certo ponto nosso descaso por esse parque tão pitoresco: "Embora o passeio no bonde aberto seja delicioso e o visitante encontre o jardim agradável, tanto por suas produções como pelo cuidado com que é tratado e pelo encantador cenário que o circunda, correspondendo à sua expectativa, se ficar no Rio vinte anos, provavelmente não voltará aí mais de uma vez por ano, se tanto. A razão é que, por mais atraente que seja o jardim e a impressão que sinta ao chegar, ficará tão habituado a uma vegetação semelhante em muitos jardins das vilas e chalés dos arredores da cidade, que o Jardim já não é novidade, nem apreciado como fora na primeira visita".

Ao Corcovado e à Tijuca nunca se aventurou Maria Graham. O Corcovado, que é exaltado em páginas tão belas e emotivas pelos cronistas franceses das corvetas e que inspirou a Edmundo de Amicis os mais belos períodos desse lindo Il sogno