O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

Já em 1828 dá Walsh resumo muito lisonjeiro do Rio, possuindo em quase todas as ruas escolas primárias, cheias de alunos asseados e decentemente vestidos, onde tinham Aula de primeiras letras, Gramática, Aritmética, Português e Língua Francesa. E comenta: "Não há talvez país onde a educação esteja mais difundida entre a geração que se forma, do que no Brasil, particularmente na Capital".

Um século mais tarde ninguém, por mais lisonjeiro, subscreveria esse conceito, tendo descido nosso país a um dos ínfimos degraus em matéria de ensino primário e secundário, procurando-se sob falsos ouropéis esconder a miséria real de nossa situação atual. E hoje perambulam pelas ruas e avenidas, em proporção superior a 90% os brancos e brancaranas, quando em 1828, diz Walsh que seus olhos "estavam realmente tão familiarizados com semblantes negros que a ocorrência de um rosto branco nas ruas de algumas partes da cidade surpreendia como novidade" (37).Nota do Autor

Pelas ruas estreitas do Rio, com pouco mais de cinquenta anos de capital do vice-reino, viam atônitos os moradores de 1808 rodar a sege real, puxada por duas mulas muito ordinárias, guiadas por um cocheiro de libré esfarrapada. Galopavam adiante dois soldados e atrás mais doze e um oficial, de jaquetas remendadas, sem colete,