O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

sem luvas, sem meias, de botas velhas e cambaias que nunca viram escova; capacetes e cartucheiras de tipo antiquado e fora da moda; os cinturões de algodão e tão inimigos da escova como as botas; cada soldado tinha a espada de tamanho e feitio diferentes. As caras mostravam nunca ter feito consumo de sabão ou de água. E lá se ia o cortejo de espavento, comprimindo os transeuntes de encontro às paredes das casas.

Depois, com a instalação do séquito real, as carruagens dos fidalgotes portugueses, atravancavam de tal modo as ruas, impedindo o trânsito, que lhes pôs o povo a alcunha de larguras. A aproximação do carro de D. Maria Joaquina valia por um cataclisma e Henderson escreve: "A aproximação dos cadetes reais, precipitadamente, pode ser comparada à fúria repentina dos pés de vento na passagem do Equador. São eles o sinal da aproximação de pessoa da família real e como é obrigação de todos que a encontram tirar o chapéu, os que vão de carro ou a cavalo apearem, não é pouco divertido ver a azáfama geral por ocasião dessas tempestades cerimoniais, alguns voando com medo de ser pisados pelos cavalos, outros desviando carros e cavalos para algum canto mais livre, todos dobrando o joelho à passagem do bando real". A rainha exigia essas demonstrações públicas de respeito, o que deu legar a desagradáveis incidentes com Lord Strangford e com o ministro dos Estados Unidos.

As casas de dois pavimentos tinham, geralmente, o andar térreo ocupado pela cocheira e cavalariça, "o que se tornava desagradável à delicadeza britânica, pelo barulho, calor e mau cheiro dos animais, mas estas coisas não pareciam produzir