O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

do povo em 1814, três anos depois de ter o conde dos Arcos aberto a Biblioteca Pública da Baía. Ocupava ela as salas do antigo hospital dos Terceiros Carmelitas, vizinho do palácio Real, por trás da Catedral e da igreja do Carmo.

Disseminava-se a cultura mas "permaneciam os primeiros lugares privilégio do elemento reacionário dos portugueses, ficando assim para os brasileiros sem realidade as suas maiores aspirações e sem estímulo especial o seu fervor pelos conhecimentos. Ao lado de muita reforma útil e de muito projeto benéfico, continuava ao mesmo tempo a exercer-se a capacidade de válidos e funcionários transplantados, os quais, na impossibilidade de tudo alcançar a vista real, tratavam o novo reino como teriam tratado a antiga colônia, como terra conquistada". Esta opinião de Oliveira Lima transparece nos comentários de mais de um de nossos visitantes.

Permitida a produção tipográfica, saem da Imprensa Régia numerosas obras. O Patriota, revista de divulgação científica, dura dois anos ... (1813 e 14). O Correio Brasiliense resiste de 1808 a 1822, fazendo a crítica elevada e perspícua da administração. Mas é com a Independência que há sopro vivificador. A Biblioteca Imperial é considerada por Walsh como "não sendo inferior a nenhuma outra da Europa, embora o número atual de livros seja muito limitado (60 mil volumes)", e destaca entre suas preciosidades, um exemplar da primeira bíblia impressa, editada em Mogúncia no ano de 1462.

E em 1828 o mesmo autor escreve que "o progresso literário do Brasil, se não é grande, é muito maior que o de qualquer outro Estado da America