levado pelas ruas em espécie de liteira aberta, coberta de veludo negro, bordado a ouro e com oito pegadores. O esquife tinha 6 pés de comprimento, dois e meio de largura e 6 a 8 polegadas de altura, de modo que o corpo ficava inteiramente exposto à vista e, quando carregado, à mão ou nos ombros, mexia como "pessoa viva em grau extremo de debilidade". Estranhava Luccock que o defunto não fosse "carregado no passo lento e solene, e em procissão regular, de acordo com a profunda tristeza, mas em indecente desordem, quase às carreiras, acompanhada de conversas em voz alta e ar grosseiro de alegria. O corpo era vestido com todos os ornamentos de dia de gala, as faces pintadas, os cabelos empoados, a cabeça enfeitada com capela de flores ou coroa de metal. Preparava-se o defunto para comparecer diante do porteiro dos céus e ser por ele apresentado ao juiz das almas".

O corpo era deixado na porta da igreja, exposto por algum tempo à curiosidade pública, antes de ser encomendado no interior do templo. Terminado o ritual, despojavam-no das roupas e enfeites, sendo sepultado de camisa, na presença apenas da família. E Henderson conta, horrorizado, os palavrões que ouviu de um pai aos coveiros, para que estes andassem depressa, na inumação da filha. E como o sepultamento era feito de pé, se o defunto era mais alto que a cova, batiam-lhe com uma pá, até ficar no nível desejado.