construídas pelo último governador". Em 1868 Hadfield achou a cidade com imponente aspecto.
"As ruas de São Paulo, graças à elevação da cidade e à água que a cerca quase por todos os lados são muito limpas (Martius elogia também essas "ruas largas, arejadas e limpas"); são calçadas de um gres, cimentado pelo óxido de ferro e contendo seixos rolados de quartzo, o que o aproxima de um conglomerado", informa tecnicamente Mawe no seu rigor de mineralogista. E continua: "Esta pavimentação é de formação aluvial, contendo ouro, encontrando-se depois das enxurradas muitas palhetas desse metal nas pedras e buracos, sendo nessa estação muito catadas pelo povo mais pobre". Quando a visitou Hadfield já não se catava ouro, mas as ruas eram "calçadas de material semelhante ao macadame e as calçadas bem feitas, de grandes lajes, muito superiores às do Rio de Janeiro, embora o calçamento do Rio seja admirável". É de lamentar que Burton, que residiu em São Paulo como cônsul, não tenha completado com esta cidade o seu belo livro.
No tempo de Mawe havia várias praças e treze edifícios de prática religiosa, sendo dois conventos, três mosteiros e oito igrejas, construídos quase todos, como o resto da cidade, de adobe, construção que o mineralogista inglês assim descreve: "O modo de erguer as paredes é o seguinte: constrói-se uma moldura de seis pranchas desmontáveis, unidas pelas bordas, e em duas filas opostas, mantidas em posição por travessões, presos com cavilha. Põe-se barro em pequenas porções, que os operários batem com varas e molham, para dar-lhe consistência. Tendo enchido essa moldura, retiram-na e continuam a mesma operação