O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

e panteras e leopardos que devoram os corvos das cordilheiras dos Andes", consegue obter do pai o beneplácito para uma viagem de aventuras, partindo de Gravesland em barco de sua propriedade, o Aurora, na maré da tarde de 16 de Março de 1809. Foram seus companheiros de viagem um senhor Gomez d'Avila, "dono de minas de ouro e diamantes nas montanhas a uma milha do Rio", e duas sobrinhas. Em pleno oceano trava batalha com um navio francês, destroçado pelo Aurora, batalha da qual saiu nosso herói ferido na face.

No Rio de Janeiro achou curiosa a regularidade das ruas, com casas de um e dois andares e divididas pelas profissões. O povo divertia-se em atirar com arco e flecha. Nas noites de luar, na casa de campo do sr. d'Avila, a uma milha do Rio, onde havia minas de ouro, "ouvia-se apenas o canto do beija-flor". Passeando na praia vê um barco virar, em manobra desastrada, presa a vela nas cordas de navio ancorado. Atira-se corajosamente ao mar e traz uma joven que se debatia com as ondas e pela qual se apaixona. Mas o amor das aventuras é mais forte e parte do Rio a 20 de Julho de 1809, com seu guia, Antonio.

Três dias depois escreve: "Antonio cantava, os papagaios tagarelavam por cima de nossas cabeças e os búfalos nas clareiras ensoladas fugiam à nossa aproximação. Chegamos à orla de um deserto. Parei, examinei minha bússola de bolso e vi que era preciso atravessar este deserto para ver à Amazônia". A 26 alcançava as margens do São Francisco "que se lança na Baía de Todos os Santos, perto da cidade de São Salvador". Estavam próximos das nascentes do rio, que atravessam, abrigando-se numa caverna da outra margem, alimentando-se