de fins comerciais ao Rio da Prata, deixou Mawe a Inglaterra em 1804. Chegado a Montevidéu teve nau e carga apreendidas e foi metido no calabouço. Relaxada um pouco sua prisão, foi mandado para o interior onde ficou detido até a ocupação daquela cidade por Sir Samuel Auchmuty. Acompanhou então as tropas do general Whitelocke a Buenos Aires e, terminada essa expedição, veio para o Rio de Janeiro, com uma carta de recomendação para o Conde de Linhares. No Brasil esteve em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Como a carta de recomendação o dava como pessoa entendida em mineralogia foi mandado a ver em Cantagalo uma suposta mina de prata, sendo-lhe permitido, mais tarde, visitar a região diamantífera de Minas, "nenhum outro inglês tendo jamais iniciado empresa semelhante com esses requisitos indispensáveis ao sucesso — permissão e sanção do Governo".
Quase ao mesmo tempo que Mawe, estiveram aqui Henry Sidney e Henry Koster, iguais no nome e opostos nos modos de escrever.
Teria efetivamente o primeiro Henrique visitado o Brasil? ou foi apenas o romancista barato de fantásticas aventuras? Escreve, ao começar seu opúsculo: "O principal motivo de publicar esta narrativa é impedir outros indivíduos curiosos e aventureiros de se exporem a perigos em remotas regiões".
Diz ser o filho mais velho de opulento negociante Londrino, tendo adquirido aos 22 anos todos os conhecimentos comunicáveis por uma educação clássica e inglesa. Seduzido pelas narrativas de Latouche sobre "a monstruosa serpente chamada Laboya, que abunda nas florestas do Brasil,