se guardavam uma terrina e uma concha de louça amarela, algumas travessas, pratos, xícaras e pires e um bule de chá do mesmo material. Eram os únicos da cidade!...
O mobiliário da sala era geralmente constituído por algumas cadeiras de encosto e assento de couro, uma mesa de pés torneados, o oratório com dois castiçais e alguns espelhos ordinários, nas paredes. Na alcova o leito, às vezes ricamente esculturado, tinha enxergão de taboas e colchão de algodãozinho, cheio de lã, bem como os travesseiros; os lençóis de algodão, muito alvo e com franjas; as fronhas amarradas com fitas vermelhas ou azuis.
A um dos cantos da cozinha via-se o estrado, onde dormiam os criados, enrolados em lençol de baeta.
Os homens usavam camisas de algodão, rendadas e bordadas no peito, com o colarinho garridamente atado com fita preta. "Seus casacos", diz Luccock, "parecem-se com os nossos redingotes e ora são enfeitados com laços e borlas, ora com grandes botões de prata . Os coletes são de algodão estampado, de padrão vistoso e as calças de algodão branco". Em casa ficam em mangas de camisa e chinelas. Só os homens maduros usam fivelas nos sapatos. Era muito raro nos homens o uso de meias de qualquer qualidade e ninguém saia à rua sem chapéu alto e punhal.
Para viagem eram as bombachas, as bolas que chegavam até quase o joelho, presas por correia e fivela de prata, o chapéu de palha, de abas largas e o poncho de lã, debruado de belbutina e com barra de baeta de cores vivas; ou de algodão, bordado em arabescos.