O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

Mas os costumes, os divertimentos, a música, em contato com os índios se modificaram, ao mesmo tempo que a natureza impunha ritmo diverso de vida, modo peculiar de alimentação. Todo esse povo estava na estreita dependência dos rios, que lhe traziam as notícias, a roupa, o eco dos centros longínquos, dos rios que lhes davam a alimentação de cada dia. Se o peixe aí está, sempre abundante e pouco arisco, basta a pesca para o nutrimento do dia; para que excessos que apodrecem? para que vendê-lo, se a colheita dos bens da floresta lhes traz mais dinheiro e as embarcações que passam estão sempre prontas para recebê-los? Quando o peixe escasseia vem a fome, e por isso os mais precavidos guardam avaramente suas provisões. "Eles geralmente respondiam pela negativa", escreve Bates, "quando perguntávamos, com dinheiro na mão, se tinham galinhas, tartarugas ou ovos para vender. Não há, sinto que não posso lhe ser bom ou, Não há, meu coração.

Passou Bates quase dez anos em Ega, em casa caiada por dentro, de chão de terra batida, onde o vento e a chuva entravam pelas frestas da coberta e, apesar disso, "recordada com prazer, pelos muitos meses felizes aí passados", numa sociedade que "oferecia misto curioso de ingênua rudeza e formal polidez", entre povo que procurava "tratar bem o estrangeiro, para que aí ficasse e ensinasse os seus filhos". Mas esse viver na pequena vila não pareceu ao naturalista inglês esse horror que se comprazem de pintar outros viajantes