O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

das Mil e Uma Noites, veio ao Brasil em sua segunda jornada, demorando-se pouco em Recife, mais seduzido pela vida das Guianas. Pertencia a uma das mais antigas famílias inglesas, remontando ao século XII, quando Norman da Normandia foi feito lord de Waterton, e entre seus ascendentes estão Lefric e Godiva, cuja lenda, tão cheia de encantos, se tornou familiar aos leitores de língua portuguesa, através dos Sonetos de Júlio Dantas.

Mais três anos e embarcava em Plimouth, a bordo do Superb, Alexander Caldcleugh, mineralogista, atraído pelo interesse que, diz ele, desde Ovalle e Acosta, se mostra tão vivo por esta porção do Novo Mundo. Vinha em companhia de Eduard Thornton, ministro da Inglaterra junto à corte portuguesa e, partidos a 9 de setembro de 1819, chegam ao Rio no dia 23 de outubro, com rápida e excelente viagem. Sua estadia na metrópole brasileira é de mais de um ano, seguindo para Buenos Aires a 18 de Janeiro de 1821. Daí, depois de visitar Montevideu e Maldonado, segue para o Chile atravessando a Cordilheira. Chega até Valparaíso, subindo a Calau e Lima. De volta a Buenos Aires, embarca para o Rio a 1º de julho desse mesmo ano e, aqui chegado, aproveita sua estadia forçada no Brasil para visitar a região aurífera de Minas, numa excursão de quase dois meses (28 de Agosto - 25 de outubro de 1821), tornando à sua Pátria em meados de novembro.

Seis meses antes de Caldcleugh para aqui viera James Henderson, embarcado no Tâmisa, a bordo do brigue Echo, a 11 de Março de 1819, chegando ao Rio a 22 de Maio, tendo escrito essa História do Brasil que melhor chamaríamos histórias do Brasil, tantas são as anedotas de que está recheado...