dramáticas e muito dependem do músico; o nosso era excelente. "Outra dança era o açaí. Depois de dançar e cantar algum tempo em roda (que pode ser formado por elevado número de pessoas), a certas palavras no canto, quebra-se o anel, os dançarinos redemoinham, e cada qual toma nos braços o que está mais perto. Assim todos formam pares, salvo um, menos feliz, que é empurrado para o meio da roda e condenado a diferentes penalidades, enquanto os outros cantam e dançam em torno. As senhoras gostam muito desta dança, especialmente dos abraços, e às vezes me vi em dificuldades para libertar-me dos braços que me apertavam.
"Nos intervalos entre as danças, o café e, às vezes, uma genuinamente indígena, na qual não me senti inclinado a entrar, embora fosse muito divertida de assistir. Uma delas era chamada jacamincunhá (a mulher do jacamim). Os dançarinos fazem roda, e em certas fases da cantiga (pois todos cantam e os homens quase todos têm um instrumento — tambor, tamborim ou gaita) os homens voltam as costas para os pares e segue-se uma série de choques bruscos, dados com tão boa vontade que de vez em quando um é atirado longe. Outra dança semelhante era a do tatu. Os cantos que as acompanhavam eram na língua geral dos índios e de tal natureza que não podem ser decentemente traduzidos em nenhuma língua europeia.
"Entre as dançarinas havia duas lindas raparigas mamelucas, quase brancas e que passariam como tais em qualquer parte do mundo; as outras eram apenas assim-assim. No correr da noite, dancei com todas".