O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

esse negro forro, agora proprietário de casa confortável, clara e asseada, engenho de rapadura, consideráveis roças e canaviais, 1200 cabeças de gado, conclui: "E esse homem começara a vida nas piores condições, sem vintém, sem educação, sem amigos e no interior longínquo, afastado de todos os recursos; mas levou a vantagem sobre o imigrante europeu do conhecimento do solo rude, de que e como cultivá-lo, saúde robusta, clima adequado à sua natureza, o conhecimento do português e do povo com que estava em contato. De homens assim é que o Brasil precisa".

Com o juiz de direito aprendeu Wells o melhor traje para viajar, por ele adotado depois: costume branco de algodão, luvas brancas, de fio, largas botas claras, chapéu de palha. de aba larga, óculos azuis e guarda-sol, de barra verde.

E continuam, nessa estrada por onde o — É perto, mais bocadinho — significa léguas e léguas: e o — Tenha paciência, se não seguir hoje, partirá amanhã — acalma a pressa de chegar. E pelo caminho os miseráveis quartaus ossudos, de linhas desgraciosas, parecendo incapazes de carregar uma criança durante meia hora, transportam pesados fardos dias e dias, por centenas de léguas. Muito mais desagradável que Carolina pareceu-lhe Chapada, com os homens falastrões, querendo saber de tudo, sendo sempre — Quanto ganha? — a infalível pergunta. As velhas também muito conversadoras; as mais jovens, doentes e cansadas com os trabalhos da casa e da récua de filhos. As moças solteiras, raro bonitas, com flores nos cabelos negros mas tão sujas e desmazeladas como as mães e avós. Os meninos, porém, eram seu horror, pois mesmo nas melhores famílias pálidos,