O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

Gipsey, de volta para a Inglaterra, com escala pelo Maranhão. Em seu livro ''se contém a descrição de uma grande parte de interessante região até esse momento não apresentada ao mundo", segundo as palavras do prefácio. E, continua, "se nunca se aventurou, como Waterton, a cavalgar um jacaré ou a empenhar-se em combate singular com uma Boa constrictor, teve, contudo, seu largo quinhão de aventuras".

Em 1852 passou Mansfield em rápida viagem pela América do Sul. Embarcado a 10 de maio em Southampton, demorou-se um mês em Pernambuco, pouco menos no Rio e seguiu para o Rio da Prata e o Paraguai, encantado com estas terras que seriam um paraíso na mão dos ingleses.

"Foi na manhã de 26 de maio de 1848", escreve Wallace, "que depois de uma breve viagem de 28 dias de Liverpool, ancoramos na entrada sul do rio Amazonas e tivemos nossa primeira visão da América do Sul".

Vinham juntos ele e Bates, em busca desta "terra longínqua onde reina um estio sem fim", e aqui ficam, seduzidos pela Amazônia. Wallace sobe o Rio Negro até o Cassiquiare, mas resolve tornar à Europa ao termo de quatro anos de estadia, perdendo desastrosamente as suas coleções no incêndio do barco que o repatriava. Bates demora-se mais de dois lustros, explora o Tapajós e o Alto Solimões, e tão bem se sente no meio dessa natureza excessivamente exuberante que nas duas últimas páginas de seu célebre livro escreve: "Os paraenses, cônscios dos atrativos de sua região têm um provérbio aliterativo — quem vai para o pará para — e muita vez pensei que eu seria mais um da lista de exemplos". Adiante: "... é só