sob o equador que a perfeita raça do futuro alcançará o gozo completo da bela herança do homem — a terra". Pouco mais de um ano depois desses notáveis zoólogos chega ao Pará, igualmente no intuito de explorar o Amazonas, o grande botânico Richard Spruce, partido de Liverpool a 7 de Junho de 1849 a bordo do brigue Britannia, juntamente com Herbert Wallace, irmão mais novo do companheiro de Bates. Esteve Spruce cinco anos na América do Sul, explorando, conforme o título um pouco extenso de seu livro, "o Amazonas e seus tributários, o Trombetas, Rio Negro, Uaupés, Casiquiari, Pacimoni, Huallaga e Pastava; bem como as cataratas do Orenoco, a vertente oriental dos Andes do Peru e do Equador e as praias do Pacífico".
O capitão Richard Burton, mais tarde cônsul em São Paulo, parte do Rio de Janeiro a 12 de Junho de 1867 numa "excursão de férias às minas de ouro de Minas Gerais, via Petrópolis, Barbacena e peneplanícies do Brasil'', descendo depois o São Francisco até Boa Vista "numa viagem que não é de férias'', terminando em Paulo Afonso, em Novembro. No ensaio preliminar de sua obra diz o capitão: "Meu mote nestes volumes foi —
Dizei em tudo a verdade
A quem em tudo a deveis.
Mas esse mote nem sempre é muito fielmente cumprido, talvez para tornar as suas aventuras mais de acordo com as últimas cinco estâncias do sexto canto dos Lusíadas, que põe como invocação à sua narrativa. Era preciso forçar o leitor a pensar dele e de Mrs. Burton que