Os costumes do interior Rio Grandense, nos campos e coxilhas do sul, são uma continuação dos gaúchos dos territórios do Rio da Prata, e é mais nas notas de viagem do Uruguai e da Argentina: tal o caso de Caldcleugh, de Darwin, de Hadfield, de Brackenrdge, de Murray. A eles nos reportamos em outro trabalho(81).Nota do Autor
A respeito do interior paulista encontramos nesses autores ingleses tão pouco e tão desalinhavado que não permite nenhuma visão aproximada. E por isso nos vimos obrigado a justapor (senão a contrapor)à Amazônia e ao Nordeste apenas Minas Gerais.
A natureza sempre verde, os rios, mesmo os pequenos regatos, de águas perenes, a escravaria abundante, o ouro à flor da terra amolentavam o povo, dando-lhes gestos lentos e preguiçosos; as estradas pelas serranias irregulares e íngremes tornavam as viagens penosas e isolavam as cidades, onde os ricos viviam no luxo, das fazendas abandonadas, quase todas miseráveis, ou dos mocambos perdidos dos jecas. A inspeção gananciosa do reinol solerte e depois a exploração cúpida dos estrangeiros ambiciosos e sem escrúpulos geraram a desconfiança, que somaria ao trânsito regular de tropas e almocreves, restringiram a hospitalidade e fizeram surgir os pousos remunerados ou os abrigos, gratuitos, levantados bem longe da moradia, evitando contatos pouco desejados.
Não que arrefecesse de todo a proverbial e franca hospitalidade brasileira, pois até o próprio