O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

duas camas de madeira e o chão alcatifado da lama depositada pelos pés de todos os que por aí tinham passado. Como requinte de conforto a bacia para lavar os pés, "uma bacia escura e suja, cujo colorido primitivo se escondia sob o acúmulo pegajoso do depósito de anos de lavagem de pés."

O terceiro grau é a hospedaria que Burton descreve no Hotél Marianense, de propriedade de um barbeiro(83)Nota do Autor cuja loja era salão de recepção: "O estabelecimento era a estalagem típica do Brasil antigo. Do salão de barbeiro parte longo corredor para os fundos da casa e tão mal assoalhado que se corria o risco de cair entre as tábuas. Os quartos de paredes nuas e sujas tinham por mobiliário camas de tábuas, uma cadeira e, às vezes, uma mesa. A passagem leva à sala de jantar, apenas reconhecível pelo armário envidraçado, onde se veem louça não usada, galhetas, condimentos, algumas garrafas e potes de provisão. O chá não fica pronto antes de meia hora, ou o jantar antes de duas. Nunca falta criança manhosa para tornar a noite horrível e há, geralmente, dois cães brabos que uivam e ladram à sombra de um pretexto."

Em outra estalagem, de Alagoa Dourada, a

CASA HOSPERIA ASAD

de D. Miguel da Assumpcão (sic) Chaves os quartos tinham o chão de terra batida "e os tetos no estilo mineiro, varas de bambu, de polegada de