O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

à cachaça e à genebra, doces e velas; às vezes é dupla, com um lado para os secos e outra para os molhados. O balcão sobre o qual oscila a balança grosseira, divide-a ao meio. Entre ela e a porta tamboretes, caixas, ou tinas invertidas. O freguês tira o chapéu ao dono da venda, e é então convidado a sentar-se. Atrás do balcão está o campo sagrado, abrindo-se para o gineceu. Veem-se toscas prateleiras carregadas de canecas, potes e outras louças de barro e, dos dois lados, de garrafas cheias e vazias, deitadas e de pé. No chão caixões de sal e barriletes abertos, com açúcar e feijão, uma caixa ou duas com milho, mantas de toicinho e carne seca, corda de fumo enrolada numa vara e barris e garrafões de cachaça. E mais chapéus de sol e de cabeça, ferraduras, espelhos, cintos, facas, garruchas, espingardas ordinárias, munição, linhas, agulhas, botões; tudo o que pode querer o homem ou mulher do campo. A venda possui geralmente um quarto onde os viandantes se acomodam, com grande gamela para abluções, girau de madeira, mesa alta e banco baixo."

Não trazia a venda grandes vantagens sobre o rancho e, diz Mawe, "são desprovidas de qualquer conforto; os viajantes que levam consigo camas e utensílios de cozinha, geralmente preferem o rancho."

Nos povoados apareciam associações híbridas de venda e hospedaria, ainda mais repugnantes, crismando-se pomposamente com o título de hotel. Em um destes, o "Hótel d'Aguiar", pousou Wells em Chapéu d'Uvas: duas salas de frente ocupadas pelos armazéns de secos e molhados, alcovas imundas, tendo por mobiliário apenas