O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

Por meio destes hórridos perigos,

destes trabalhos graves e temores,

alcançam os que são de fama amigos

as honras imortais e graus maiores.




Completa a galeria James Wells, embalado, como tantos outros, pelo sonho da maravilhosa vida tropical, escolhendo o Brasil "para cena do que é o dever de todo homem — tentar abrir para si uma estrada para o sucesso". James Wells era engenheiro e no exercício de sua profissão residiu em todas as cidades principais da costa brasileira, ao norte do Rio de Janeiro, pondo-se em íntima relação, diz ele, com toda as fases de vida no Brasil. Narra os dois últimos anos de sua estadia no Brasil a partir de janeiro de 1873, quando chegou ao Rio, a reunir-se a outros engenheiros encarregados de algumas explorações no interior, partindo para Barbacena a 14 de fevereiro. Seguiu daí para o rio Paraopeba, e depois para o São Francisco até Pirapora, continuando rumo ao norte até Carinhanha (por Contendas, Januária e Boa Vista). Desceu o São Francisco até a barra do Rio Grande, que subiu até Boqueirão, para daí dirigir-se a Carolina, em Goiás, e Chapada, descendo o rio Grajaú e o Mearim até a foz, chegando a São Luís a 24 de junho de 1875. Termina seu livro com estas palavras: "The end, felizmente".

É interessante acompanhar-se, através de todos esses depoimentos, imparciais ou não, a evolução da vida brasileira em quase um século de existência, justamente nesse século que presenciou suas mais radicais transformações políticas, evolução rápida nas cidades litorâneas da porção meridional, estagnação quase completa no interior