ou de sabugos de milho e aceso em qualquer mocambo, onde se reúnem e continuam dançando até o raiar do dia."
Juntou-se depois o batuque, que Walsh dá como peculiar ao Brasil e constituído por um misto do velho fandango português e de danças indígenas, reguladas pelo compasso monótono da música africana. Wells viu o batuque em Minas, dançado ao som de violas, descrevendo-o nestes interessantes períodos:
"É geralmente dançado por dois ou mais pares, que se defrontam. Duas guitarras estrídulas, de cordas de arame, começaram um zum-zum, zum-zum, e F. (homem selvagem, parecendo cigano, belo e gracioso como Adonis, com olhos de gazela mas com o fogo de um gato selvagem, grande dançarino e grande patife) avança e comanda os dançarinos, dois homens e duas mulheres; zum-zum-zum; três ou quatro vozes de repente começaram improvisado canto, alto, bárbaro,rápido, contendo alusões ao patrão e seus méritos, aos incidentes do trabalho diário, misturadas ao amor de ideais Marias; os outros homens juntam-se em coro. Com os cantos rítmicos, acomnanhados de palmas e sapateado, a dança começa. A princípio é mantida durante algum tempo em compasso lento, depois aos poucos se acelera, os dançarinos avançam e recuam, as mulheres sacudindo o corpo e agitando os braços, os homens batendo o compasso com as mãos. E a música se retarda e se acelera; cantos e sapateado tornam-se rápidos e furiosos e há muita ação pantomímica entre os pares. Era de agradável efeito, selvagem e bárbaro talvez, mas despertando o barbarismo latente que existe em tantos homens."