O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

isso se tenham adiantado os seus habitantes. Estiveram nela dos antigos um Condamine, um Burneli, um Samecette, um Gramdel, um Calheiros, um Galussi, e ainda residem no Estado, além dos matemáticos e engenheiros empregados nas demarcações, um Charmant, um Mardel, e um Wilkeins, e nem tantos homens puderam derribar do seu trono a ignorância. O Clero particularmente é muito pouco instruído. A medicina por todo o Estado tem mais charlatães ainda do que a Política em Itália; vale mais uma só conjectura de um herbolário, do que os aforismos todos de Hipócrates".

Em 1848 dizia o descobridor do mimetismo: "Há um sistema de educação popular e cada aldeia tem sua escola de primeiras Letras. Além das escolas comuns há um seminário bem dotado em Belém para onde são enviados os filhos dos agricultores e comerciantes do interior a completar sua educação". E em 1859 havia já várias livrarias, um belo edifício destinado à biblioteca pública e uma livraria circulante, algumas tipografias e quatro jornais diários.

"Pela parte que regula a comida e bebida não tem muito que variar a dietética", diz Alexandre Rodrigues Ferreira; "estão fitos os olhos dos moradores da cidade na ilha de Marajó: dali vem o gado que se mata no açougue, gado que nem sempre chega para os moradores, pela demora das canoas que o transportam e seu pequeno número. Dentro dos açougues é que o sangram, fica o sangue estagnado e podre, e bem poucas vezes se passa pela rua em que ele está, que aliás é uma das principais, sem que o aflija o mau cheiro que de si lançam as matérias podres. A carne fresca