escassos dois e meio milhões de habitantes, "o empório mais importante e mais civilizado do Amazonas, desde o Peru até o Atlântico".
"Depois de viajar-se semanas e semanas pelo rio principal, vê-la aparecer com sua larga praia de areia branca, suas águas límpidas (5) Nota do Autor e uma linha de pitorescas colinas elevando-se acima da orla verde da floresta, é agradável surpresa".
Constava então Santarém de três ruas principais, cortadas em ângulo reto por algumas outras muito menores, dividindo-se em duas partes; a cidade e a aldeia, a primeira habitada pela população branca e a outra pelos índios. Algumas das casas da cidade eram de dois e três andares, e todas caiadas de branco e cobertas de telhas vermelhas, no meio de jardins. A aldeia era formada de cabanas de barro, cobertas de folhas de palmeiras.
Em 1851 era quase impossível obter criadas, "as pessoas livres sendo muito orgulhosas para empregar-se e os escravos muito poucos e caros aos senhores para poderem servir aos outros".
É ao tratar de sua residência em Santarém que Spruce nos dá as desagradáveis impressões do Brasil. "Não posso dizer muito em louvor da gente do Amazonas", escreve ele, depois de ponderar: "Minhas impressões derivadas do trato pessoal com uma porção tão remota e fragmentária do Brasil não poderiam de modo algum ser tomadas como se aplicando a todo esse vasto império". Bates achou Santarém muito diversa das outras cidades ribeirinhas. "Em Cametá", diz ele:, "os