efeito marchas e músicas de dança francesas e italianas. O violão era o instrumento favorito de ambos os sexos, mas agora o piano rapidamente o pôs de lado. As baladas cantadas com o acompanhamento do violão não eram aprendidas de música escrita ou impressa, mas comunicadas oralmente: são as modinhas, cada qual com seus dias de sucesso, até que outras, trazidas da capital, as venham substituir. Nos tempos de festa havia mascarada, que toda a gente, velhos e moços, brancos, negros e índios, extraordinariamente aprecia. As melhores têm lugar no Carnaval, na Páscoa e na véspera de São João, fazendo os negros uma grande representação semidramática nas ruas pelo Natal". Uma vez por ano os índios vinham dançar na cidade: os homens com coroas, túnicas e cintos de penas, as mulheres nuas até a cintura e os meninos inteiramente nus, todos pintados de vermelho: o tuchaua com um cetro ricamente decorado de penas cor de laranja, vermelhas e verdes, de tucanos e papagaios: muitos tocando o turé, os outros carregando arcos e flechas, feixes de azagaias, tacapes, remos. As crianças carregavam os chirimbabos: uns com macacos ou coatis nos ombros; outros com tartarugas na cabeça.
Havia em Santarém, além das duas escolas primárias, para meninas e meninos, um colégio onde se ensinavam latim, francês e outras matérias, servindo de curso preparatório ao liceu e ao seminário. Admirou-se Bates da facilidade com que as crianças aprendiam e, diz ele, "havia tal rapidez de apreensão que encheria de alegria o coração de um mestre-escola inglês".
Mas o estudo seguido nos colégios do Pará era muito deficiente e muito raro encontrar paraense