O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

ora com o espírito irritado, como Darwin, ora mais preocupados pela flora ou pela fauna.

Eram passados dois anos da fuga de D. João VI para o Brasil, quando Koster veio para o Recife; preparava-se a revolução de 1817 quando chegaram Waterton e Swainson, tendo este assistido ao movimento; Henderson e Maria Graham aí estiveram no tempo de Luiz do Rego e a última deixa Pernambuco a 11 de outubro de 1821 "com a firme convição de que pelos menos esta parte do Brasil nunca mais se submeterá pacificamente a Portugal"; era o fim da Regência quando por aí passou Gardner. Como se apresentava o Recife do princípio do Brasil reino às vésperas da maioridade?

Chegando de Liverpool no Lucy, a primeira visão que tem Koster da terra brasileira é Olinda, e escreve: "Seu aspecto, visto do mar, é dos mais aprazíveis; as igrejas e conventos caiados de branco. no topo e nas encostas da colina; os jardins e arvoredos; entre os quais aparecem as casas, formam um conjunto de grande beleza. A praia arenosa, que se estende até uma légua para o sul, é realçada por duas fortalezas que aí se levantam e pelos navios ancorados no porto. Segue-se então a cidade do Recife, parecendo construída na água, tão baixo é o banco de areia sobre o qual foi assentada". Waterton também acha a vista encantadora, mas Gardner, que ia do sul, nem de longe compartilha desse entusiasmo, "contemplando a costa muita chata e árida, num contraste frisante e desolador com a magnífica entrada da baía do Rio de Janeiro".

O que hoje conhecemos como Recife é, em todos os viajantes, de Koster até Gardner, a cidade