O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

de Pernambuco, esclarecendo Maria Graham que esse nome, da capitania, é geralmente aplicado à sua capital. O Recife era apenas um dos três bairros da cidade, que se completava com os de Santo Antonio — a antiga Mauricéia dos holandeses — e Boa Vista, onde o governo batavo construíra a primeira casa, à qual dera essa designação portuguesa, que foi conservada. Comunicam os três bairros por duas pontes: a de Boa Vista, de 320 passos de comprimento, quase toda de madeira e bem aparelhada; e a de Santo Antonio, um pouco menor (290 passos), em grande parte de pedra, mas com uma porção de madeira, quase em ruínas, não permitindo a passagem de carros. Em cada cabeça desta ponte, elegante arco de pedra coroado por pequenas capelas e nichos com santos. A melhor rua do bairro do Recife é a das Cruzes, larga e asseada, embora curta. Em 1810 as casas de Recife eram de tijolo, com três, quatro e mesmo cinco andares, formando ruas estreitas; e as velhas casas das ruas transversais térreas ou de sobrado. Na praça principal estavam situadas a alfândega, baixa e imunda; a inspetoria do açúcar, com o aspecto de simples residência particular, uma grande igreja, ainda por terminar (em 1810), um café, ponto de reunião e conversa dos negociantes; algumas casas particulares. A igreja do Corpo Santo elegante e sóbria, conservara até começo do século XIX, a seguinte inscrição:

Op Gebouwt

onder

D'Hvoge Regeringe

van

Praesidt en Raden

Anno M D C L I I