No posto avançado dos patriotas encontrou Maria Graham "uma guarda constituída por um negro jovial, com espingarda de matar passarinho, um brasileiro de bacamarte e dois ou três mestiços de cor duvidosa com facas, espadas, pistolas". "Em roda da casa da guarda certo número de negrinhas, com largos cestos na cabeça, vendendo fruta e água fria: a carapinha e as bordas dos cestos enfeitados de flor de malva; os chales azuis ou brancos graciosamente trançados sobre os ombros escuros e as blusas brancas formavam um quadro como os primeiros espanhóis teriam pintado de seu Eldorado".
Era a três de Outubro e pouco além de Olinda encontra grupo de uns quarenta cavaleiros, um dos quais com bandeira branca. Ao lado dos que envergavam esplêndidas fardas, outros vestidos à moda dos proprietários rurais: eram os deputados da Paraíba, que iam parlamentar com Luiz do Rego. No quartel general dos insurrectos havia apenas duzentos soldados de linha, "os outros tinham armas as mais diversas e roupas de todos os feitios, de couro, algodão e linho; jaquetas curtas e longos plaids escoceses; e havia todas as tonalidades de cor nos rostos, do pálido europeu ao africano cor de ébano".
Atendendo às reclamações dos ingleses, que iam pedir a restituição da roupa branca da Doris, mandada para lavar, prontificou-se ainda a junta governativa a fornecer à fragata provisões frescas. Foram recebidos Maria Graham e seus companheiros em uma dessas antigas casas senhoriais de Goiana, ora em abandono, mas cujas pinturas esmaecidas das paredes e dourados dos caixilhos indicavam o fausto antigo. Eram nove os membros