O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

suas curas miraculosas, testemunhada a gratidão por um sem número de oferendas, muitas das quais resplendem na imagem da Virgem. Particularmente um topázio, de tamanho e brilho admiráveis, deu-me o desejo sacrílego de ser seu possuidor". Entre as flores feitas pelas freiras gostou mais Maria Graham dos nenúfares brancos, embora achasse as flores de romã, os cravos vermelhos e as rosas imitadas com a maior exatidão. Admirou-se de seu preço exorbitante, mas pondera: "tendo os conventos perdido muito de seus haveres depois da revolução, as freiras veem-se forçadas a ressarcir-se, com os produtos desta pequena indústria, das privações impostas pela redução de suas rendas".

Esse convento foi visitado por Gardner, que completa as informações de sua compatriota: "As flores eram mostradas em pequena sala, separada do corpo do cdificio por grossa parede, fazendo-se o comércio através de ampla janela gradeada. Vimo-nos logo cercados por flores de todos os feitios e cores, próprias para enfeites de cabeça. Eram mandadas em cestas ou passadas, uma por uma, numa varinha, através da grade. É obrigação de cada freira servir, por seu turno, como vendedora, quando os compradores visitam o convento, trazidas as flores por empregadas, negras ou morenas; aquela a quem coube essa tarefa no momento de nossa visita não era joven nem bonita, e destruiu todas as minhas noções românticas sobre freiras e conventos".

A população da cidade era, em 1803, calculada em cem mil habitantes, dos quais trinta mil brancos, trinta mil mulatos e quarenta mil negros, e