Carregam imagens de santos em tamanho natural, e as da virgem são particularmente ricas, com resplendores de ouro e cobertas de joias e pedras preciosas, não só as que foram doadas para o relicário da santa como todas as que emprestam os fiéis para o dia da procissão.
As festas do Bomfim pelo Natal já eram célebres, procurando a gente "lavar sua consciência dos velhos pecados antes de cometer novos".
Um funeral consumia também espécie de festa e Lindley nos conta o de rico coronel da ilha de Itaparica a que assistiu, na igreja dos Franciscanos:
"O corpo fora colocado perto do altar-mor; junto a ele estava sentado o abade, ladeado pelo guardião e provedor, todos suntuosamente metidos em hábitos de veludo negro, quase cobertos por preciosos bordados a ouro. À pequena distância, à cabeceira do cadáver, estavam dois monges em estrados, com hábitos bordados a branco e atrás deles, em dupla fila até o altar, os outros frades, cada qual com o breviário nas mãos. O caixão repousava em peça alta, coberta de veludo negro, bordado a ouro, e nele o cadáver vestido com o hábito de cavaleiro de Cristo: — manto de tafetá branco; corpete e calções carmesins, coturnos de marroquim vermelho, capacete de prata trabalhada, mãos enluvadas, a direita segurando rica espada. O responso foi cantado, com acompanhamento de órgão e banda de música. Depois frades e espectadores, cada qual com um brandão aceso, acompanharam o corpo até o centro da igreja, onde ficou depositado".
No final das novenas, nas classes menos abastadas, há em muitas casas cantos e danças, algumas