há para que estes deixem de colaborar na solução dos problemas nacionais; incompreensível é, porém, que, enquanto toda a vida e prosperidade da República estão dependendo de condições práticas e elementares de estabilidade e de ordem, sobre as quais não é possível admitir divergências, se mantenham discórdias entre os que estão em atividade política, perpetuando-se rivalidades que toda a gente sabe que não exprimem senão interesses e ambições de influência e de mando, e se feche o círculo da política ativa à grande massa dos republicanos que a pressão dos corrilhos vai excluindo da ação pública.
Ninguém duvidaria, entre nós, que um governo que assentasse seu plano de ação sobre uns tantos artigos práticos de política e de administração, desses que se impõem a todo o mundo pela evidência de sua necessidade, e pedisse o apoio de todos para execução sincera desse programa, não teria oposicionistas, ou não encontraria quem se opusesse, por incompatibilidade de opinião. Todas as crises de nossa vida política resultam da concorrência entre grupos, em cujo seio se encontram as opiniões mais disparatadas e que não apresentam, para justificar suas batalhas, nenhuma razão decente de divergência...
Fora mister que os homens públicos, os membros do governo e seus partidários, assim como os oposicionistas, se colocassem numa atmosfera de muita serenidade e sobranceria, para exercer uma força de atração sobre os elementos úteis do país, em abstenção, e manter a coesão entre eles. Ao passo que o espírito de tolerância e de concórdia favorece a ação governamental e o prestígio e influência dos homens públicos, a intransigência,