suficiência das leis e incerteza do Direito e da Jurisprudência, com o aumento das despesas, dos impostos e da circulação fiduciária — e todos os seus consectários; e, ainda muito mais, com o esquecimento dos fundadores do novo regime do dever de elevar o povo soberano da democracia, com a educação de sua consciência cívica, à altura de verdadeiro árbitro de seus destinos. A democracia que fundamos apóia-se sobre a mesma sociedade hierarquizada, onde, desde os políticos militantes e todos os que o Tesouro sustenta, as classes se sucedem: intelectuais, diplomados, militares, burguesia industrial e comercial, grandes proprietários — conduzindo ao sabor de interesses passageiros e de belas frases toda uma população de fellahs, que mal se alimenta, não trabalha e não sabe ler.
Limitada — como deve ficar — a influência do sentimento religioso ao recesso da consciência moral; apagados, na própria esterilidade imanente às fórmulas teóricas que não se concretizam, os ardores do entusiasmo reformador, deixou de circular pelo país a seiva de uma força central, que predominasse sobre os móveis, individualistas ou gregários, em atividade. Nosso ardente e sincero patriotismo poderia ser comparado à imagem da eficiência militar da Guarda Nacional, se uma de suas poucas expansões não consistisse justamente na boa vontade com que nos dispomos a atitudes de prevenção hostil contra o estrangeiro, e ao sacrifício do sangue. O brasileiro é instrumento exclusivo de sua profissão, de um credo religioso, de uma opinião filosófica, de um preconceito; seus atos são todos iluminados pelo raio lateral da carreira, de um