ou de indivíduos ligados por costumes idênticos, deixando de ser um centro fundado sobre a "tradição", passou a ser um grêmio político, social e econômico, uma sociedade quase voluntária.
Este laço substituiu o laço necessário das antigas sociedades nacionais. Há, assim, um caráter de pacto, de convenção tácita, na forma das nações modernas. O espírito de livre associação semeia populações cultas sobre a terra, de onde surgia, outrora, a fauna do homem rústico e do homem bárbaro. O patriotismo era um instinto social e passou a ser um móvel afetivo racional.
Nestas sociedades, a natureza da terra, o interesse de sua exploração, as convenções de segurança e de proteção, estímulos comuns que se traduzem pela ordem legal, criam laços de reciprocidade e de auxílio mútuo. Há um laivo de cooperação e de mutualidade, moral e material, entre os grupos que as compõem.
Cada indivíduo tem diante dos olhos um horizonte de interesses gerais, distintos de seus próprios interesses, que se estende por todas as classes e todos os grupos sociais; contempla a perspectiva de um interesse futuro, na sorte da prole, ligado à riqueza da terra, e dependente da geração contemporânea. Da soma destes interesses, comuns aos homens da mesma geração, e do sentimento de previdência, em prol das vindouras, resulta a consciência da nacionalidade. A pátria é a alma da nação; o patriotismo, o sentimento afetivo entre os homens de uma geração, e destes para com os do futuro, num povo fixado sobre um território.
Não basta, porém, reconhecer a existência de um certo número de interesses, comuns aos indivíduos