da produção e do consumo, ganham em vulto.
A ação governamental não oscila mais, nas sociedades contemporâneas, entre os termos opostos do individualismo e do socialismo; um e outro extremos são falsos, perante os novos deveres dos dirigentes para com os destinos dos povos, condenados à anarquia, à revolução, ao despotismo, a um quase certo retrocesso, se os governos não assumirem a direção de todos os movimentos da sociedade.
Se tal organização se está impondo aos outros países, ela apresenta-se, para o Brasil, como questão de vida ou de morte, no interesse da terra e no interesse da nação. Sua oportunidade é tanto mais premente quanto, tendo-nos descuidado até hoje de fazer a nossa política, ignorando mesmo a necessidade de uma política social, verificamos que o país não formou as raízes da vida nacional, no próprio momento em que outros iniciam com energia esta política sobre a base sólida de interesses tradicionais.
Meus estudos sobre o nacionalismo não tiveram a felicidade de ser compreedidos por muita gente — o que não é de surpreender, dado o estado de espírito do nosso povo, sujeito, em sua paixão extática por imagens, e em sua crise de indolência mental, a confundir as coisas mais claras e admitir as maiores extravagâncias. Tomou-se por agressão ao estrangeiro o que não era senão quase tardia advertência da progressiva ruína e eliminação do nacional na luta econômica dentro do país, e justa demonstração da necessidade de tonificar as nossas energias e o nosso espírito de cooperação social: política urgente,