A organização nacional; Primeira parte – a Constituição

utilitária do máximo \"bem\" possível (entendido o \"bem\" como expressão da realização e do desenvolvimento da vida, física, moral e espiritual) para o maior número possível de pessoas — o que, no ideal democrático das sociedades modernas, cumpre estender a todos os habitantes de um país.

Apresenta-se, neste ponto, outra questão que eleva ainda mais o debate, elevação necessária para evitar lacuna em ponto essencial; estão a política e a ciência social destinadas a formar categorias sistemáticas de conhecimentos, capazes de abranger em normas fixas, em disciplinas e classes, as regras diretoras dos fenômenos que estudam; ou por outra: correspondem a política e a ciência social a ideias suscetíveis das demonstrações da lógica, do conhecimento e da inteligência, ou destinam-se a tomar posição entre essa multidão de fatos e noções postos, por mais de um espírito eminente, a cargo da \"intuição\", mas que parecem antes pertencer a uma zona de percepções e de outros processos mentais, ainda não definidos pelos psicólogos?

Esta pergunta tem tal alcance que mais de um cientista a levanta, com relação às ciências mais positivas, tal como a matemática. O certo é que, em todas as aplicações da inteligência à vida prática, as ciências do \"conhecimento\" revelam lacunas imensas, não dispensando dados intuitivos e empíricos; e que, nas artes mais complexas, como a administração, a \"inteligência\" não supre os elementos primordiais da observação, da prática e da História, elaborados por outros processos mentais. Não há, nem haverá, jamais, provavelmente, uma \"ciência social\",