A organização nacional; Primeira parte – a Constituição

para as capitais, para os portos, para os centros de negócios e de luxo. O interior não passa, no regime de inflação comercial, que dias criam, de um mosaico de zonas de produções para exportação; salvo minguadas culturas de poucos gêneros de consumo, e as precárias indústrias estritamente necessárias para manter a vida dos que ali fazem a extração da seiva da terra e a sangria de suas riquezas, estas regiões não veem crescer, nem desenvolver-se, nada do que forma a base da vitalidade de um povo.

Nos países novos e vastos, como o nosso, o objetivo político deve consistir em criar populações econômicas, com o estabelecimento de indivíduos e de famílias que produzem, tanto quanto possível, para a sua alimentação, trocando os excessos e os produtos naturais da região. As estradas de ferro opõem-se ao primeiro destes fins e não realizam o segundo, senão quanto às trocas internacionais: só há verdadeiro intercâmbio, dentro do país, entre as zonas de produção exportável e os empórios de exportação.

Nosso grande problema econômico é o da produção, com circulação interna; só daí virá solução às nossas crises, inclusive à da circulação monetária e do câmbio; mesmo, em parte, à das finanças.

A criação de cidades e de populações e a extensão de novas explorações foram obra da conquista militar, em outras eras, e estão sendo obra da conquista argentária, em nosso tempo; nascem do mesmo espírito de ambição e de cobiça, que tem pervertido a civilização, e que é impossível manter com o enorme desenvolvimento das classes superiores. A viação não é o objeto, nem o fim, nem o