A organização nacional; Primeira parte – a Constituição

interesse principal da economia; meio, instrumento e acessório da terra e da população, ela deve desenvolver-se entre povos estabelecidos, de acordo com as necessidades de um comércio já existente e de uma sociedade que aumenta: não como meio de devastação do país.

No interesse das populações do interior, afastadas das linhas férreas, o problema que se apresenta não é o de sua ligação aos grandes centros comerciais, mas o da educação dos indivíduos e da assistência que se lhes deve, para se lhes incutirem hábitos de trabalho, e se lhes dar, com os meios de trabalho, condições materiais e morais que os habilitem a suprir suas próprias necessidades e a crescer por seu próprio esforço.

Prezando tanto a autonomia formal das instituições políticas, não quisemos ver, ainda, este outro aspecto vital e orgânico, da autonomia. As localidades do interior podem altingir alto grau de prosperidade, florescimento e cultura, sem estradas de ferro; condenam-se à ruína, quando atingidas por estradas de ferro, sem as condições fundamentais da segurança econômica.

No ponto de vista geral, o problema da viação férrea apresenta-se com este simples aspecto: qual o objetivo do Estado, com relação aos destinos do nosso povo: criar uma nação, fazendo da nossa terra como que um novo plexo da civilização, — um país válido, próspero e feliz, onde seus filhos, e os que com eles vêm cooperar, gozem dos frutos do trabalho e da inteligência, na saúde, na paz e na cultura, ou envolvê-lo na onda de aventuras que vai assoberbando o mundo e tende a fazer da exploração incontinente das riquezas materiais o