prêmio das cobiças, nos desportos colossais dos negócios e da especulação?
Se é este o nosso objetivo, é força que aceitemos duas conclusões necessárias: renunciar à aspiração da nacionalidade e dispormo-nos a fazer de nossa Pátria um simples campo de feitoria, onde cada geração se contente com extrair as riquezas da terra, para entregá-las à especulação estrangeira. A tendência das coisas, nesta fase da vida social e econômica dos povos, é por desenvolver, com a expansão do comércio, da navegação e da viação férrea, e com o império do capital e da inteligência adestrada na mercancia, a exploração crescente de novas regiões e de povos atrasados, pelas raças e pelos povos avançados na prática dos processos e dos instrumentos da concorrência. O dinheiro, a inteligência, a educação e o trabalho, instruído particularmente nesta ordem de operações, estão realizando, em toda a parte, a conquista de povos e territórios, com evicção improvisa das riquezas e subordinação social das populações. O comércio e a viação, sem educação das populações para o trabalho, e sem desenvolvimento da produção e da circulação econômica interna, prestam apoio a esta obra de conquista social e de aniquilamento nacional.
Por todo o longo processo da evolução humana, os ciclos das transformações, aparentes e quase sempre superficiais, das reformas políticas, não têm feito senão encobrir os movimentos e manobras do tipo ainda rudimentar, grosseiro e violento da energia psíquica: a volonté de puissance. O impulso das ambições incontidas encontra-se entretanto, hoje, com uma outra força, que o há de domar: