províncias do Paraná e Mato Grosso, que rivalizam com as melhores situações existentes no Brasil para a colonização."
Sob o ponto de vista mais largo de nossa posição internacional, falam as considerações brilhantes com que Mauá defendeu esse projeto. O terreno perdido tem proporções de acabrunhar o espírito.
O notável engenheiro Dr. José Luiz Baptista, em uma Notícia sobre as Estradas de Ferro da América do Sul, de muito recente data, 1920, que veio anexa ao Relatório da E. de F. Central do Brasil, teve ocasião de falar, apreensivo, no grandioso plano ferroviário do Eng. argentino Y. Briano, "permittindo a los ferro carriles, que sean elos los encarregados de robustecer el vinculo de confraternidad internacional con las naciones vicinas ..."
Esse plano, apresentado ao parlamento em 29 de setembro de 1920 pelo prestigioso deputado Dr. Herminio J. Quirós, já caminhou muito, "pues estamos en el deber de ganar tiempo".
O Presidente Irigoyen nomeou para proceder a estudos definitivos uma comissão de engenheiros presidida por Briano e pode-se dizer que está atualmente adiantada a construção da rede de 3.537 quilômetros cuja realização permitirá que atinjam o território das Missões todas as locomotivas e material de transporte que atualmente servem 11.508 quilômetros de linhas em tráfego; e atrás desse projeto virá o da rede transcontinental Rio-Valparaiso, pela ligação de Los Andes a São Paulo, numa linha ininterrupta de 3.580 quilômetros.
Como via longe o Visconde de Mauá!