esperar e prometem as palavras do conferencista, aí teremos um livro forte para a educação da mocidade."
Há nelas a franqueza de um espírito feito no alto comércio, se bem que, hoje, mais pareça ter nascido para as letras, onde surgiu com tanto brilho.
A confissão de Paulo Prado tem a meus olhos especial valor, a de um espírito cultivado muito especialmente em assuntos de história pátria.
Conhecendo tanto da vida de Mauá e ignorando tanto, vem lealmente pedir provas, não porque duvide da lisura do narrador, mas porque se surpreende de encontrar um tão grande valor ignorado.
O ilustrado autor da Paulística, onde o orgulho natal cantou a virtude dos seus, terá visto, depois deste livro, que não fez crédito imerecido.
O Marquês de São Vicente, escrevendo a respeito da ação enérgica de um seu comprovinciano, o Barão Aguiar de Andrada, nosso Ministro em Montevidéu por ocasião das reclamações diplomáticas do Banco Mauá y Cia., disse vaidosamente, em carta a Mauá: "É um nobre paulista, de que descendem os rio-grandenses".
Se prestei às duas famílias, a paulista e a rio-grandense, o serviço de descobrir-lhes na genealogia um varão de Plutarco, desvaneço-me de ter também parte nessa festa de família como brasileiro.
Não é completo o meu livro; prova plena dessas teses que mais surpreendem virá com a publicação posterior das Obras de Mauá.
O que ficou aqui esboçado é bastante para que Paulo Prado reconheça que tivemos em Mauá não só o que ele sabia e pouca gente sabe, mas um combatente da liberdade, um diplomata, um estadista e também um homem de Plutarco.
O combatente da liberdade já era conhecido em terras alheias, onde se expôs pela causa da humanidade. No Uruguai, não se pronuncia seu nome sem que a gratidão do povo fale