O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

e pequenas habitações dos negociantes da cidade, admira o outeiro da Glória, com a sua poética igrejinha, todo coberto de bosque e salpicado de casas de campo, passa pela baía da Glória e, dobrando à esquerda, entra, pelos arcos, na parte nova da cidade. Fala-nos então das fontes: a da Carioca (a qual atribui a alcunha dos habitantes do Rio), a maior e mais pitoresca, com suas doze bicas; a das Marrecas, com dois bebedouros para os animais; a da praça do Palácio, muito elegante, e a do Mouro, que não viu. "Apesar destas numerosas fontes", escrevia pouco depois Walsh, "o aumento da cidade pede um abastecimento suplementar". Prolongada estiagem tornara a água tão escassa e tão cara que era quase inacessível ao pobre. Clamor que se vem repetindo há mais de século.

Os edifícios públicos do Rio nada apresentam de notável e mesmo as igrejas são sem beleza arquitetônica, devendo seu agradável aspecto exclusivamente ao tamanho e situação.

Entrando no cemitério da igreja do Carmo, acha-o Maria Graham muito pitoresco: "No centro do pequeno quadrilátero há uma cruz e junto à mesma um cipreste novo: em torno flores e ervas odoríferas, e vasos de porcelana, com rosas e gerânios, em pedestais baixos, sobre o paredão que cerca o pátio".

O aspecto do Rio de Janeiro já é mais de cidade europeia que o da Bahia ou Pernambuco. As casas são de três ou quatro andares e com o telhado em biqueiras. As ruas são estreitas, poucas ultrapassando a largura do Corso de Roma. Há