mossa nos nervos brasileiros. A entrada para o sobrado é por longo corredor, terminando em cotovelo na escada, com uma porta no sobrado. A sala de visitas ocupa toda a largura da casa, dando adiante para a sacada, com três portas, fazendo as vezes de janelas, e conservadas abertas dia e noite; atrás comunica com uma alcova por duas portas envidraçadas, de duas folhas, passando-se daí ao corredor, onde se abrem alcovas menores, e terminando na sala de jantar, aberta para a área, que ilumina a cozinha e o armazém. A sala apresenta curiosa miscelânea de esplêndidas pinturas, com paredes estucadas e caiadas. Consiste geralmente a cornija de filetes de tons pardos, amarelos, azuis claros, vermelhos, róseos, combinados de diversos modos. O teto é dividido em certo número de segmentos, pintados da mesma maneira. O rodapé é largo, castanho ou vermelho escuro. Portas e ombreiras são em geral amarelas, com as esquadrias róseas, vermelhas ou azuis, a parede que dá para a alcova é, à vezes, doirada e pintada a óleo, dando ar de riqueza à sala, em contraste com o resto da guarnição. O mobiliário é pobre e escasso, mesmo nas casas mais elegantes. Na sala um sofá de madeira, de forma grosseira e fantástica, e algumas cadeiras do mesmo estilo, geralmente pintadas de vermelho e branco. Nas salas mais modestas, há apenas duas ou três cadeiras e as mulheres usam esteiras, onde se sentam com as pernas cruzadas por baixo do corpo, à maneira turca. Às vezes uma mesinha com imagens de santos, e em algumas salas o violão. Só nas casas mais ricas começavam a aparecer os pianos. A casa era silenciosa, a rua quieta, escrevendo Luccock que "toda a população