Na sala de jantar fazia as vezes de mesa larga tábua sobre dois cavaletes, tendo de cada lado longo banco de madeira; às vezes uma ou duas cadeiras. Mas não era raro que as refeições fossem tomadas no chão. As escravas comiam na mesma sala que os senhores e de vez em quando a mucama favorita era contemplada com um bocado do prato da sinhá-dona. A cozinha tem o forno e grande fogão de tijolos, dividido em uma série de compartimentos, onde cozinham os alimentos em panelas de barro. O fogão fica largamente aberto sem nenhuma proteção e o fogo é atiçado com abanos de palha. A dispensa é sólida armação de madeira, fixa na parede, com algumas prateleiras. Num tamborete potes d'água, acima dos quais penduram uma espécie de concha, feita de coco, (38)Nota do Autorque serve para tirar água dos potes e de copo para os escravos.
É na sala de jantar que a família passa o tempo todo, as mulheres sentadas em esteiras pelo chão, ou em torno à mesa, cosendo, fazendo renda ou ponto de malha, bordando, enquanto os homens se encostam preguiçosamente ou vagueiam de sala em sala.
Às vezes - (ouçamos Luccock) - "homens e mulheres, crianças e servos entregam-se a um dos mais nojentos costumes portugueses: um descansa a cabeça no regaço do outro, para fim inominável; e até os macacos são ensinados a fazer a mesma tarefa, que executam com destreza e prazer". Essa busca de insetos transformou-se depois no cafuné, tão gabado nos lundus.