O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

cheia de joias, com grande leque na mão, meias e sapatos brancos, os cabelos negros enfeitados de flores; vêm depois filhos e filhas; a mulatinha querida da senhora também de sapatos brancos e meias, e o mordomo negro, de chapéu alto, calções e fivela, e negros e negras de sapatos sem meias, e outros descalços e por fins os moleques seminus."

Na rua, diz Luccock, não há nenhuma diferença entre o vestir das crianças, depois dos oito anos, e o dos adultos.

A respeito dessas teorias, caminho da missa, escreve Walsh: "Nunca vi espetáculo mais agradável ou mais edificante do que o de uma dessas famílias indo para igreja aos domingos." E louva a piedade dos cariocas: "Mais de uma vez tive ocasião de ir a suas casas, pelas nove horas da manhã dos domingos e sempre os encontrei ocupados em suas devoções; tal o que presenciei duas vezes na residência do Ministro do Interior".

É curioso que Maria Graham nada tenha observado de extraordinário no vestir das senhoras do Rio, quer na nobreza, que ela frequentou, quer na gente do povo. Comparecendo ao teatro, a 11 de janeiro de 1822 (dois dias depois do fico), diz-nos apenas que "as senhoras estavam melhor vestidas do que até então tivera oportunidade de ver." E observa em outra ocasião, a profusão de joias. A baronesa do Rio Seco, para um espetáculo de gala na Ópera, usava brilhantes que "podiam ser avaliados em 150 mil libras esterlinas, e muitas joias esplêndidas ficaram guardadas no cofre." Do vestir feminino da classe média escreve Walsh (1828): "As mulheres gostam muito da cor negra, não usam chapéu, levando na cabeça um véu negro