O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

suas apreciações em duas linhas: "Ele (o brasileiro) é muito mais temperante no beber que no comer e muito mais inclinado a tomar rapé que ao fumo."

Conservou-se o matadouro, por muitos anos, junto do convento da Ajuda, e daí, esfoladas e esquartejadas, eram as rezes levadas, sujas de sangue, para os açougues, fazendo-se o transporte em carros toscos e imundos.

A carne era de péssima qualidade, pois a matança estava entregue ao monopólio, que se conservou durante quase um século. Luccock escreve em 1808: "A carne é tão ruim que só cruel necessidade ou a vista constante de seu aspecto deplorável, podem levar uma pessoa mais delicada a prová-la. É usada quase exclusivamente para a sopa, sendo de consumo muito mais geral a carne seca."

O carneiro nunca aparecia no mercado, sendo preciso encomendá-lo ao açougueiro, que o vendia muito caro (mais de dez vezes o preço da carne verde). Mawe achou-o excelente e Walsh muito ruim. Com quem a razão? Os brasileiros nunca o comiam, por julgá-lo alimento impróprio para os cristãos, lembrando-se do Cordeiro de Deus.

O porco era, ao contrário, o grande alimento do povo, que o comia "com avidez, para mostrar que não era judeu ou maometano". Achou Walsh muito curioso o modo de preparar o toucinho, já então encontrado, em abundância, em