O Brasil visto pelos ingleses. Viajantes ingleses.

todas as vendas e formando tempero indispensável de todos os pratos da cozinha brasileira.

O peixe é abundante. Excelente, diz Luccock; medíocre, diz Walsh. Mas informa o primeiro que seu consumo era reduzido, por acreditar o povo que seu uso constante provocava a lepra.

Mawe e Walsh falam dos ótimos camarões, muito grandes, quase como jovens lagostas. Para os moluscos vem de novo o desacordo. Mawe escreve: "Ostras e mexilhões, embora não iguais aos nossos, são muito toleráveis." E Walsh: "As ostras são disformes, longas e profundas, de concha muito espessa. Sua qualidade é perigosa, e quantidade muito pequena, às vezes uma só, produz nos estrangeiros violento efeito catártico. Os mexilhões são abundantes e muito bons."

Na quaresma o alimento constante era o bacalhau seco (41).Nota do Autor As galinhas vendiam-se muito caras.

Sempre importou o Rio boa farinha de trigo, quase toda vinda dos Estados Unidos. Em 1808 produziam as províncias do sul algum, que não dava para o consumo, tendo sua cultura sido completamente abandonada. "O pão é bom, mas muito caro", diz Luccock e Walsh confirma: "O pão de trigo é excelente; nunca comi melhor na Inglaterra, e raramente tão bom. Mas o consumo está limitado às classes elevadas e os escravos nunca o provam."