dias santos, à semelhança do determinado pelo Arcebispo de Lima (51)!Nota do Autor

A véspera do festival de um santo é sempre anunciada, ao meio-dia, por três foguetes em frente à catedral. Além disso cada igreja tem sua novena, durante a qual há constante queimar de foguetes e fogos de artifício, de modo que o ano inteiro é ininterrupta sucessão de tais explosões nesta parte ou naquela da cidade.

"Raramente passei por qualquer rua", escreve Walsh, "ou a qualquer hora do dia ou da noite, que não ouvisse esse espocar sobre minha cabeça e olhando para cima, não visse nuvenzinhas brancas, flutuando no ar, se era dia, ou, de noite, chuveiros de brilhantes estrelas descendo na atmosfera".

Outra circunstância que assinala o festival do santo é a vasta quantidade de velas acesas diante do altar, entre flores artificiais e outros enfeites. Este modo particular de ornamentar a igreja é dos que exigem maior cuidado e atenção: um plano inclinado de velas acesas começa no chão e chega ao teto, formando muros de luz, além das suspensas em múltiplos candelabros. Contou Walsh nas duas igrejas vizinhas do morro de Santo Antonio (a do Convento e a da Ordem Terceira) mil quinhentas e noventa grandes velas, calculando a despesa anual do Rio de Janeiro, em cera e pólvora, em quinze mil libras esterlinas.

A maior pompa era a da festa do padroeiro da cidade, São Sebastião. Iluminava-se toda a cidade